sábado, 23 de março de 2019

A indemnização a que Moçambique deveria ter direito


No «Público» um escritor, que muito aprecio - José Eduardo Agualusa - diz que estamos a entrar num tempo novo, feito de grandes desastres por causa do desequilíbrio do clima e do ambiente. Daí que tenha de se encontrar forma de lidar com estas ameaças cada vez mais frequentes. Focalizando-se no efeito devastador do furacão da semana passada na segunda cidade moçambicana, ele questiona se não faz todo o sentido, que sejam os países ricos, e os mais responsáveis pelo aquecimento global, a ressarcirem os danos suscitados nos mais pobres, que, pelo seu atraso, pouco ou nada contribuem para que esses fenómenos violentos ganhem maior expressão. Daí que rejeite a ideia de estar a ser necessária uma «ajuda» ao martirizado povo de Solfala, porque o pouco para aí enviado é uma ninharia comparativamente com a indemnização a que deveria ter direito.
Noutra página do mesmo jornal, um invulgarmente lúcido Vasco Pulido Valente olha para a tragédia em causa e constata quanto ela deve à miséria em que deixámos aquela antiga colónia, antes de lhe reconhecermos a independência.

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