
Sobre o orçamento para 2019, também as direitas não sabem como o desqualificar: enquanto o PSD opta pelo rótulo de eleitoralista (quem se esquece do de Passos Coelho em 2015, quando tudo prometeu para que pudesse continuar como primeiro-ministro), Cristas mente descaradamente, dizendo, sem que os dentes lhe caiam, que o governo dá com uma mão, e tira com duas. Quem quer ela convencer, quando a maioria dos portugueses tem hoje uma qualidade de vida bem melhor do que a auferida no tempo em que ela era ministra. Até o diretor do «Público», Manuel Carvalho tem de reconhecer que “Portugal respira melhor, elevou o seu rating à categoria de investimento, poupou-se às derivas populistas e abriu a janela a uma ténue confiança no futuro.”
Olhando para os números desta proposta de orçamento, o que nele se constata não justifica o que Rio ou Cristas sobre ele comentam. Há um crescimento sustentado das receitas (4%), acima do que se verificará nas despesas (3%), aproximando o défice do zero (0,2%), objetivo que retira, igualmente, qualquer objeção à Comissão Europeia ou às agências de rating.
A capacidade demonstrada pelo governo de António Costa nestes três anos deveria pôr as direitas a falar em tom pianíssimo, porque nunca, em Democracia, se tinham alcançado indicadores tão positivos, apesar da pesada herança recebida do governo anterior, cujos rombos nos rendimentos das famílias houve que recuperar...
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