Em 2011 estava-se na ressaca da grave crise financeira internacional, que tivera o seu momento culminante com a falência da Lehman Brothers. Razão para a crise de emprego, que levou os respetivos indicadores para valores extremamente elevados.
Com a aplicação do memorando da troika estava negociado um programa, que implicaria um curto período de agravamento desses indicadores, mas uma subsequente e rápida recuperação. Pelo menos era isso o que anunciavam os ideólogos do PSD que, não só tinham recebido as instituições internacionais de braços mais do que abertos, como até tinham tido participação ativa na arquitetura desenhada para o acordo então subscrito.
Quando passos coelho finge agora a ignorância da situação de então, e se exime à responsabilidade de ter confiado a catroga a definição das linhas fundamentais do memorando, mente com quantos dentes tem na boca. Próprios ou postiços, sejam quantos uns e outros forem.
Por muito que volte a querer enganar os portugueses, a memória destes não é tão curta quanto a afirmações como «querer ir além da troika» ou não se perspetivarem aumentos de impostos, cortes nas pensões ou desemprego na função pública.
O quadro aqui publicado contrapõe um contexto, que era de catástrofe financeira, com outro de suposta recuperação. São números oficiais para indicadores comparáveis no início e agora no fim do mandato de passos coelho. E mostram uma situação calamitosa a nível do desemprego em Portugal. Por isso quando, na entrevista à SIC, passos coelho andou a tecer considerações sobre números não comparáveis mentiu intencionalmente de acordo com quanto já conhecemos da sua personalidade: alguém capaz de usar os métodos mais crapulosos para alcançar os seus objetivos.
Não se compreende assim o pudor ainda sentido por muitos quanto a designar passos naquilo que ele é: um mentiroso compulsivo cujo comportamento é altamente nocivo para a vida da grande maioria dos portugueses. Correr com ele é um ato de autêntica higiene pública.
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