Na edição deste mês do «Le Monde Diplomatique» a sua diretora, Sandra Monteiro, faz o ponto da situação atual: “Como resposta da União Europeia à crise internacional iniciada em 2007-2008, a austeridade falhou. Falhou na Grécia como em Portugal e só aumentou o défice, o desemprego e a dívida. Os poderes político e financeiro que governam a União Europeia sabem disso, aliás. Limitam-se a aproveitar a janela de oportunidade, enquanto os povos não a fecharem, para diminuir os salários e pensões, desmantelar o Estado social e os serviços públicos, privatizar a preço de saldo e especular com os juros da dívida.”
Como não interpretar o afã com que o governo de passos coelho anda a privatizar tudo quanto pode, alegando uma legitimidade que já não tem, para causar ainda mais estragos até à sua substituição pelo que sair das eleições de 4 de outubro?
Quer em Portugal, quer por toda a Europa, a direita sabe que a sua festa está a chegar ao fim. O forrobodó que viveu nestes últimos anos está a dar azo a respostas políticas inovadoras, mesmo que combatidas, em contraponto, pelas expressões mais xenófobas do que a direita consegue assumir.
Em Inglaterra até o silencioso David Milliband saiu da sua reserva recente para apelar a uma votação diferente da que se prepara para a liderança do Partido Trabalhista. Está a chegar ao fim essa mistificação trafulha em como já não existem diferenças entre esquerda e direita, que tais termos deixaram de ter significado.
Quanto se enganam: a esquerda está a regressar e o Syriza foi apenas o seu toque de despertar!
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