terça-feira, 15 de maio de 2012

Cada tiro, cada melro!


Este Governo vai acabar mal! É que a sua insensibilidade para com os nefastos efeitos, que está as suas políticas estão a causar aos cidadãos portugueses, atinge uma dimensão em cada dia ultrapassada por um episódio mais incrível do que os verificados em dias anteriores.
Desta feita, Passos Coelho até veio dizer aos desempregados para se alegrarem com a «oportunidade», que estão a viver! Porque deverá crer que, da sua insegurança presente, resultará a descoberta de Índias cheias de especiarias e de Brasis cobertos de ouro!
Para um oportunista, que sempre viveu à conta das cunhas obtidas por conta da sua passagem pela Juventude Social Democrata, uma tal afirmação só pode ser entendida como um insulto passível de gerar a maior das indignações. Padrinhos como Ângelo Correia são raros e confinam os seus favores a quem lhes aceitar servir de marionetas!
Mas a inabilidade de Passos Coelho e Cª para o exercício democrático da governação está a entrar em conflito até com a sua base social de apoio e, nomeadamente, com os autarcas laranjas a quem procura retirar poder … e, sobretudo, dinheiro através da retenção de verbas do IMI.
Numa altura em que o poder local está a confrontar-se com grandes dificuldades económicas devido à quase inexistência das receitas relacionadas com as licenças de construção de novos edifícios e com a urgência em corresponderem com responsabilidade social às necessidades prementes de muitos dos seus munícipes desempregados, a espoliação de tais verbas só pode ser entendido como prova de um total autismo quanto ao que está em jogo. Como alertou Manuel Carvalho no «Público» o aperto do garrote às autarquias poderá ser um desastre social para as populações depauperadas dos subúrbios das grandes cidades e do interior. Há problemas em que a proximidade conta e vale a pena notar que, desde o início da crise, a despesa social das autarquias duplicou para 350 milhões de euros.
Desarticular ou enfraquecer esta rede de proteção em troca do reforço da macrocefalia do Estado é um erro...

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