Os socialistas europeus devem aproveitar estes resultados para refletirem sobre se se sentem mais próximos do PSF ou do PASOK, se entendem necessário continuar a pactuar - direta ou indiretamente - com a política de Bruxelas ou se pretendem contribuir para a necessária mudança de paradigma europeu, considerando para este efeito algumas das propostas provenientes da ‘nova esquerda' (como o Syriza grego), dos ‘verdes' e alguns partidos liberais, fomentando uma nova e alargada aliança de esquerdas moderadas.
José Reis Santos, Diário Económico
Preso a uma cartilha liberal mecanicista, o Executivo tem-se fartado de dar tiros nos pés, incapaz de fazer a ponte entre o prescrito e a realidade. As declarações de Passos Coelho, no 1º de Maio são elucidativas: anuncia que temos de nos preparar para níveis de desemprego a que não estávamos habituados, quando as pessoas esperariam dele que lhes dissesse, pelo menos, o que o Governo estaria a pensar fazer para tornar o convívio com essa situação menos penoso e penalizador, sobretudo para os mais desfavorecidos.
Alberto Castro, Jornal de Notícias
Quando as consequências das políticas de austeridade dão sinais evidentes de arruinar a economia, aumentar o desemprego e aproximar-nos de um segundo resgate, o “consenso” com as políticas do governo é suicídio político. (…) Daqui para a frente todos os dirigentes europeus vão apostar no “crescimento”, como solução. Só Passos Coelho vai ficar amarrado à “austeridade” durante mais algum tempo. Mas vai mudar o discurso, porque coerência não é palavra que conste no seu dicionário.
Tomás Vasques, i
Merkel tem duas possibilidades: fingir que não vê o que se está a passar e atirar a Europa para o caos ou arrepiar caminho. François Hollande pode ter a chave para o problema: rever o pacto de submissão com a senhora Merkel e dar o grito do Ipiranga para uma refundação europeia. Se não o fizer será o derradeiro coveiro da social-democracia e da Europa.
Daniel Oliveira, Expresso
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