Para o Pingo Doce, os descontos do 1º de Maio terão sido um golpe de marketing ou um anúncio de uma nova estratégia. Mas para os portugueses, que reviram um país negado e renegado, foi mais do que isso. Foi uma humilhação. Como no "Rei Lear", de Shakespeare: "Esta é a praga deste tempo, quando os loucos guiam os cegos".
Pedro Guerreiro, Jornal de Negócios
Neste 1º de Maio não se comemorou o dia dos trabalhadores, nem sequer se comemorou o consumo. Consagrou-se o desespero. Esta é a sociedade que estamos a esculpir em pedra lascada. A política perdeu a sua batalha face à luta pela sobrevivência num país que, apesar de ter rendimentos inferiores aos europeus de todo o lado, paga os mesmos preços nos supermercados. É esse o país real que o Governo não vê.
Fernando Sobral, Jornal de Negócios
Faz-me lembrar o “senhor” que atirava moedas ou côdeas a pobres para os ver lutar, ou o turista entediado que na Madeira atirava moedas ao mar para ver as crianças a mergulhar, arriscando a vida. Um gesto cheio de significado de um grupo económico que, ao querer comprar o 1º de Maio, passou a dedicar-se, não só aos negócios, mas à política pura.
José Castro Caldas, Ladrões de Bicicletas
Estes senhores não sabem que nos EUA milhões de americanos perderam as suas poupanças e foram lançadas na pobreza em resultado da falência de algumas companhias de seguros e de bancos? Será que não sabem que uma em cada três famílias fica insolvente em resultado das elevadíssimas despesas do sistema de saúde privado americano? Então não sabem que as despesas de saúde do tão "eficiente" sistema privado americano é duas vezes superior ao sistema de saúde público alemão ou sueco e três vezes superior ao Sistema Nacional de Saúde? Porque insistem no erro?
Domingos Ferreira, Público
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