No discurso que acabou de proferir perante dezenas de milhares de apoiantes na Praça da Bastilha em Paris, o novo Presidente francês não deixou de evocar a expectativa com que a sua eleição estava a ser apreciada por toda a Europa, quiçá por todo o mundo. Porque se, à partida, não se lhe atribui tanto capital de esperança, quanto a outrora investida em François Mitterrand ou em Barack Obama, a vitória de François Hollande pode significar uma viragem simbólica e de facto, neste ciclo de capitalismo selvagem.
E a comprová-lo estão as outras eleições de hoje e dos últimos dias: a vitória trabalhista nas municipais britânicas, a dos sociais-democratas e dos verdes alemães num dos principais Estados do Norte da Alemanha; a da esquerda grega no seu conjunto nas legislativas gregas (mesmo com a aparente vitória do principal partido da direita).
Todos esses indicadores apontam para uma Europa a virar à esquerda, com a direita convencional - a da austeridade a qualquer preço - a ser derrotada em toda a linha.
Existem motivos para acreditar, que este 6 de maio de 2012 representa uma data histórica no reencontro da História europeia com a direção donde descarrilara...
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