sexta-feira, 18 de maio de 2012

À espera de atos consistentes e consequentes


É enorme o desvario que percorre essa Europa burocrata, que vê os gregos na iminência de escolherem o Syriza como partido mais votado nas próximas eleições de 17 de Junho.
A um mês de distância podem-se adivinhar todas as ameaças, que lhes serão feitas para evitar o que se adivinha uma tendência progressiva dos povos europeus: a rejeição das políticas, que os menorizem, os depauperem, os desesperem!
E já não é só Angela Merckel ou o seu inefável ministro das Finanças: o próprio Durão Barroso, sempre habituado a inclinar-se perante os fortes, mas a falar alto com os fracos, julgou chegada a sua hora de glória depois de meses a fio a ser empurrado para os bastidores pelo singular casal franco-alemão agora em fase de reavaliação.
Para quem crê na democracia como modelo político mais justo e garante da liberdade dos cidadãos a provável vitória do Syriza só poderá ser objeto de grande satisfação. Porque é preciso dizer um rotundo não a esta caminhada europeia para o abismo. E, quando quem ostenta a sigla socialista ainda ficou na malfadada Terceira Via de Tony Blair procurando mudar apenas o acessório para que o essencial fique na mesma, é tempo de apostar em quem vê nessa palavra a tradução em atos consistentes e consequentes...

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