Para quem julgasse que a saída de cena do Bokassa da Madeira significaria alguma higienização na vida política do arquipélago, o sucessor tem-se encarregado de demonstrar que sendo o original uma tragédia, ele vem tendendo para a tragicomédia.
Entrevistado pelo «Público» o ainda líder regional defende a aliança do PPD ao partido do Aldrabão, que define como conservador e nacionalista «como outros na Europa».
Será sobretudo a intenção de não chamar os bois pelos nomes, mas compreende-se: nas últimas eleições ele só conseguiu manter o poleiro graças à aliança com o CDS, porque os socialistas estiveram quase a apeá-lo. Para a próxima, e tendo em conta o anunciado funeral do parceiro de coligação, ele pretenderá evitar o inevitável. E vai preparando o terreno para que isso seja visto com naturalidade. Mas, para boa parte dos madeirenses, a essência fascista do Chega não lhes é indiferente, razão porque aproveitarão para mandar o inquilino da Quinta da Vigia para o rol dos esquecidos donde nunca deveria ter emergido.
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