sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Há quem muito faça deixando a falar quem só critica


Basta tomar por bitola o figurão a quem Marcelo encomendou um discurso num ano em que quis apequenar o Dia de Portugal, para saber que as direitas têm um ódio visceral a alguns socialistas por os saberem mais à esquerda dentro do seu partido. Pedro Nuno Santos é um deles, João Galamba é outro. Este último voltou a ser chamado à colação nas crónicas inseridas na última página do «Público» desta semana quando tal escrevinhador quis novamente associar o PS à corrupção e estando o titular do cargo de secretário de Estado de Energia em condições de fazer negócios suspeitos.
O Tavares em causa continua a querer repetir milhentas vezes uma mentira para ver se ela ganha aparência de verdade, sem nunca se preocupar com os escândalos tipo compra de submarinos ou venda do Pavilhão Atlântico que, provindo de gente sua aparentada, nunca o incomodaram. Representante daquele tipo de gente em tempos gozada por Ricardo Araújo Pereira quando tinha alguma piada como passando o tempo no fala, fala sem que os vejamos a fazer nada, merece o maior dos desprezos. Sobretudo, porque, pelo contrário, Galamba vai mostrando obra feita, sob a orientação do Ministro do Ambiente, que tem nele um imprescindível lugar-tenente.
Semanas atrás lançaram-se as bases para uma aposta muito séria no hidrogénio verde, que substituirá os hidrocarbonetos na economia do futuro próximo e muito contribuirá para solucionar os problemas levantados pelas alterações climáticas. Nessa altura gente mais do que suspeita, como Mira Amaral ou um Clemente Nunes sempre conhecido como lobista mal sucedido dos interesses de quem fabrica centrais nucleares, quiseram levantar um coro de protestos contra algo que a mera sensatez aconselha como incontornável opção estratégica do país. Claro que o figurão não poupou no que entendeu ser uma decisão em que Galamba assumira grande responsabilidade.
Não imaginamos o que virá de tal crítico sobre o leilão desta semana em que diversos lotes foram adjudicados para que os seus novos detentores venham-se ligar à rede elétrica nacional com fontes de produção renováveis a um preço tão baixo, que constituiu record absoluto europeu no valor por MW fornecido. Uma excelente notícia para o país, que poderá chegar a 2030 com quase metade do seu consumo garantido por fontes não poluentes, cumprindo um dos objetivos fundamentais com que se comprometeu internacionalmente. E para os consumidores isso significa, igualmente, uma boa notícia por se criarem condições substantivas para verem diminuída a fatura mensal com a eletricidade.
Impotentes na sua inconsequência, caberá aos detratores roerem-se de raiva por verem a realidade desajustar-se dos seus objetivos.

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