domingo, 2 de fevereiro de 2020

O sectarismo no PS Seixal: de vitória em vitória até à derrota final


Foi Churchill quem disse que os adversários estavam à sua frente na bancada da Oposição no Parlamento, porque os inimigos, esses, acoitavam-se nas suas costas.
Essas sábias palavras de um político conservador que foi fundamental na vitória contra os fascismos também têm cabimento nas eleições dá Concelhia do Partido Socialista do Seixal onde continuará a acoitar-se um pequeno grupo sectário, que se apossou dos cargos como coisa sua e deles não está disposto a abdicar por serem as melhores garantias para acederem a empregos para que nenhum mérito lhes vislumbramos.
Se participei nessas eleições com alguma reserva, ainda acolhia a possibilidade de haver uma possibilidade, ainda que reduzida, de se lhes sobrepor a decência, a honestidade, a lisura, que esse grupo reiteradamente tem dado mostras de ignorar o que sejam enquanto valores fundamentais de uma sociedade democrática.
Obviamente que, desta feita, a esperança saiu frustrada. O que ontem se assistiu foi mau de mais para que o Partido Socialista, quer a nível federativo, quer nacional, continuem a esconder a cabeça na areia como avestruz. Desde a mudança do local onde se iria votar para que a publicitação das listas apenas se restringisse à que tinham apresentado até à intimidação à porta de quem a eles não é afeto, desde a evidente elaboração do boletim de voto de modo a que o  quadrado do seu candidato fosse maior do que o da oposição até ao habitual pagamento de quotas a «militantes»  nem sequer pertencentes ao concelho, mas para ele convocados mediante processos fraudulentos de atribuição de moradas, que o Departamento de Dados do partido continua sem averiguar, tudo valeu para que o resultado fosse o que se verificou.
Infelizmente a Federação de Setúbal escusou-se a, nos anos mais recantes, agir em conformidade com as sucessivas denúncias a ela enviadas por militantes com pergaminhos na história do Partido.  Até quando continuará essa passividade? Será preciso que novas campanhas eleitorais venham confirmar que esse grupo apenas consegue arregimentar ewcassos fiéis para levar por diante umas ações mal amanhadas? Será necessário que, ao contrário do que vai sucedendo noutros concelhos do distrito, o PS Seixal vá acumulando as sucessivas derrotas, que esse grupo suscita?
As autárquicas de 2021 não tardam e, ao escusarem-se a aprofundar os argumentos e as razões de quem não se identifica com esse grupo sectário, os órgãos distritais e nacionais do Partido Socialista sujeitam-se a, no Seixal, terem voltado a dar um lamentável tiro no pé.

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