domingo, 17 de junho de 2012

Os dilemas do Vaticano


Margaret Farley é uma freira norte-americana, autora de  “Just Love: A Framework for Christian Sexual Ethics,” livro prontamente condenado pelo Vaticano. É que além de justificar a razão de ser da masturbação, ela manifesta alguma compreensão por posições incompatíveis com as da hierarquia de que depende: a homossexualidade, o aborto ou a eutanásia.
O problema que se coloca ao Vaticano é este: as freiras, que em lares e outras instituições sociais, estão na primeira linha do contacto com a realidade, assumem posições cada vez mais subversivas em relação aos dogmas da Igreja. E por isso são caladas ou instadas a respeitarem as orientações dos seus bispos.
Só que as consequências são as contrárias das pretendidas: em vez de obediência cega, elas desistem da vocação e o seu número reduz-se progressivamente.
À conta da infalibilidade das opiniões papais, o Vaticano vai-se conformando com a regra já em tempos testada negativamente por outro tipo de totalitarismos: a fórmula dos «poucos mas bons…»

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