A transferência de recursos do Estado e dos rendimentos do trabalho para a ganância privada terá um preço. O empobrecimento que nos vendem como coisa purificadora terá as suas vítimas. O preço será em vidas e em dignidade. As vítimas serão as do costume. Pena que sejam elas, tantas vezes, a comprar com entusiasmo ou resignação a propaganda dos que nunca toleraram a ideia de, nos últimos trinta anos, os pobres deste país terem conquistado alguma dignidade, prejudicando com as suas conquistas tantas oportunidades de negócio.
Daniel Oliveira, Expresso
Relvas violou princípios estruturantes da República Portuguesa: um Presidente da República forte teria de se impor face ao Primeiro-Ministro e exigir a demissão, rápida, de Miguel Relvas. Olhar para Miguel Relvas é olhar diariamente para os falhanços e os vícios da democracia portuguesa.
João Lemos Esteves, Expresso
O governo não diminui as despesas do Estado em serventias e mordomias e continua a viver acima das nossas possibilidades. É ver, por todos, o exemplo de António Borges, a quem o governo paga, com o dinheiro dos contribuintes, 25 mil euros por mês, para o aconselhamento sobre as privatizações. O mesmo senhor que, sem pingo de vergonha, qual abutre sobre a presa, diz que é urgente diminuir ainda mais os salários dos portugueses. Dos portugueses que já vivem na miséria, já se sabe. Em menos de um ano, percebeu-se que chegar de mota à tomada de posse ou viajar de avião em classe turística faziam parte de uma rábula bem urdida.
Tomás Vasques, i
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