sexta-feira, 22 de maio de 2020

Quando faltam argumentos


Adivinha-se assaz complicada a vida das várias direitas perante os sinais do que as espera em tempos vindouros. Por isso tivemos nova demonstração da sua indigência quando, perante os  factos enunciados no Relatório sobre o segundo período do estado de emergência decorrido entre 18 de abril e 2 de maio, melhor não encontraram para dizer do que tratar-se de propaganda do governo, ao qual quiseram atirar em cara com umas máscaras a só serem pagas e distribuídas se incontestável a  respetiva certificação ou com uns ventiladores, que se revelaram dispensáveis durante a crise pandémica no nosso país.
Pedagógica, Marta Temido, falou-lhes como se os norteasse algo de racional: “Semear o medo e a desconfiança não aproveita a ninguém”. Mas, apenas preocupados com a sua previsível desdita, serão sempre incapazes de a escutarem e agirem de acordo com o interesse coletivo. Entre a Intervenção Liberal, o Chega e o CDS, pouco os distingue na tentação de explorarem as mais descaradas e desonestas táticas populistas. Até porque continuam a anunciar-se outros factos, que beneficiam o país e permitem pensar na forte probabilidade de se sair da atual encrenca mediante políticas tão competentes e eficazes como as implementadas a partir de novembro de 2015, responsáveis por devolver aos portugueses a confiança num futuro melhor: Portugal continua a financiar-se a juros negativos e a dívida do Estado para com os fornecedores do Serviço Nacional de Saúde baixou para níveis há muito desconhecidos. Ademais, e contra essa mesma direita, que gostaria de ver a TAP privatizada tal qual Passos Coelho quase concretizou, cresce a possibilidade de uma intervenção similar à do governo alemão na Lufthansa, em que, a troco de nove mil milhões de euros de investimento na companhia, Merkel garante parcela significativa no respetivo capital, suficiente para sentar dois representantes na sua Administração. 

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