Se nas eleições autárquicas o Partido Socialista tem conhecido sucessivas derrotas no Seixal, muito se deve à incapacidade da sua Comissão Concelhia em criar um projeto potencialmente vitorioso. Nem mesmo em 2017, quando o governo de António Costa estava a marcar a diferença em relação ao anterior, denotando a capacidade de conciliar a melhoria da vida dos cidadãos com o equilíbrio das contas públicas, o Seixal imitou Almada ou o Barreiro na atribuição da vitória ao PS.
Na eleição do dia 1 de fevereiro temos a possibilidade de alterar esta realidade optando entre duas hipóteses: ou mantermos tudo como está, com a mesma equipa, conhecida por sempre ter apostado em candidatos errados nos momentos mais importantes da vida do Partido – não esquecemos que estiveram com Seguro contra António Costa, com Maria de Belém contra Sampaio da Nóvoa, com Daniel Adrião novamente contra António Costa - e aceitamos as inevitáveis derrotas futuras, ou mudamos de vez com este medíocre passado e optamos pelo candidato que melhor personifica essa vontade de trilhar outro rumo.
Com a equipa que chega agora ao fim do mandato nunca houve qualquer Visão, que se fundamentasse nos pontos fortes e oportunidades existentes para criar um projeto ganhador. Nunca se lhe conheceu uma ideia minimamente mobilizadora para o concelho, porque até mesmo a luta pela construção do novo hospital foi liderada pelos comunistas. Pelo contrário, depois de um lamentável desempenho na Câmara Municipal, onde começou por aceitar pelouros, deles prescindiu numa demissão patética e sobre a qual nunca deu explicação consistente aos militantes, prosseguindo no rumo sectário em que tomou por inimigos fidalgais quem, dentro do Partido, não pactuava com a ineficiente navegação à vista, que marginalizaram, quiseram expulsar e até chegaram a agredir.
Miguel Feio será a garantia de uma estratégia totalmente contrária a tão triste legado: será quem contará com todos os militantes em vez de só alguns, para construir o projeto ganhador que tenha em conta os problemas do concelho e para eles apresente as melhores soluções, ouvidas que serão as suas forças vivas.
A sua vitória a 1 de fevereiro significará que o PS Seixal pode, enfim, trabalhar ativamente para as vitórias até agora a ele negadas.
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