sábado, 16 de novembro de 2019

Um ridículo que não conhece travão!


Ridícula é a posição em que fica Marcelo Rebelo de Sousa depois da pressa com que quis homenagear o efémero herói, que teria resgatado o bebé de um contentor de Santa Apolónia.
Existe em Marcelo um tal afã em posar para a fotografia, ele próprio criando oportunidades sempre que as sente escassearem - e ainda acabara de ter uns supostos encontros com desportistas no Palácio de Belém! - que acaba por ser vítima dos fraudulentos oportunismos de quem neles vê a oportunidade de viver o seu quarto de hora de glória.
Não precisávamos de mais provas da inconsistência de quem ocupa o cargo mais elevado no organigrama do Estado e nunca lhe conferiu a gravitas, que lhe deveria estar associado.
Vale o facto de se ter tratado de situação de somenos importância, mas a mesma leviandade com que reagiu às «informações» de um tabloide poderá levá-lo a situações mais comprometedoras, suscetíveis de causarem danos consideráveis à dignidade da sua função.
Os que continuam seduzidos pelo estilo de Marcelo, e até o querem ver reeleito, não têm a consciência do que verdadeiramente o move e encontrará plena demonstração acaso essa hipótese se concretize.
Dias atrás Alfredo Barroso alertava para os testes que ele anda a fazer, ora intrometendo-se no que só cabe ao poder judicial, ao sugerir atenuantes no ato da mãe que abandonara a criança, ora querendo influenciar a Assembleia da República para que dê aos solitários deputados da IL, do Chega e do Livre os direitos que a sua representatividade não justifica. Não faltarão exemplos - que aliás se multiplicaram na anterior legislatura! - quanto às tentativas de imiscuir-se no que só ao Governo dirá respeito. É que não se contentando com o papel de «corta-fitas», inerente ao facto de representar uma ideologia minoritária entre os portugueses - que não lhe deram mais do que 35% nas eleições de 6 de outubro - ele bem pode entreter-se com as muitas viagens ao estrangeiro, em que tem sido pródigo (apesar dos tabloides nada dizerem a tal respeito!) até que haja quem, mais consonante com esse sentimento maioritário, o substitua com outra elevação.

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