terça-feira, 5 de novembro de 2019

O declínio de um imperialismo, a ascensão firme de outro


Andamos tranquilos no nosso quotidiano e alheamo-nos da feroz guerra que, por estes dias, está a acontecer ali para os lados da Expo: este ano a Web Summit é palco dos intensos combates travados entre os norte-americanos e os chineses para definir quem vence a disputa centrada na quinta geração da internet móvel.
Para os veteranos as inovações tecnológicas tendem a passar-nos ao lado, embora, mais tarde ou mais cedo, tratamos de as inserir no que fazemos para nos informarmos ou divertirmos.
Para as gerações mais novas essa 5G assume importância quase vital, porque muito do que farão profissionalmente dependerá das mais elevadas velocidades a nível de comunicação. Não admira que a Huawei tenha enviado a Lisboa um dos seus mais altos representantes para defender a sua dama, enquanto a Casa Branca cuidou de escolher oponente ao mesmo nível para evitar a transferência para a superpotência asiática dos lucros com muitos zeros, que o negócio proporcionará.
Paddy Cosgrove já sintetizou o essencial da pugna: a guerra sem escrúpulos, que é movida à Huawei a partir de além-Atlânticos tem apenas uma explicação: ter-se adiantado tão significativamente, que os seus equipamentos são inequivocamente mais baratos e melhores que os mais diretos concorrentes norte-americanos. E a tendência há muito adivinhada vai-se consolidando: o imperialismo norte-americano declina e outro acelera para o substituir...

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