Olhando para a sondagem do «Expresso» desta semana podemos entender melhor o porquê do chinfrim suscitado pelas direitas durante os últimos dias desta semana.
Podemos bem imaginar como isto funcionou: sendo crível que tenham dentro a Eurosondagem quem lhes dê antecipadamente os resultados a publicar, as direitas sentiram a urgência de escamotearem o recuo significativo dos seus apoiantes corroborando uma tendência, que se vem agravando de mês para mês.
Para os estados-maiores da Lapa e do Largo do Caldas as sinetas de alarme devem ter soado particularmente ruidosas. Na exata proporção de imediata barragem sonora lançada para desviarem a atenção dos portugueses da comprovada e crescente admiração dos eleitores pela competência e inteligência com que o governo está a cumprir o seu papel e pelo apoio das outras esquerdas parlamentares em tudo quanto mais importa para a estabilidade política. E a condenação da enorme maioria dos inquiridos a respeito da cambalhota do PSD na questão da TSU, que equivale ao repúdio pela estratégia do vale-tudo em que se esquecem princípios e posições anteriores para apostar no tacticismo da navegação à vista sem clarividência pelo que mais importaria às direitas no médio-longo prazo.
Vivemos tempos interessantes em que as esquerdas andam a aprender a coordenarem-se melhor entre si, e nos darem a satisfação de serem maioritárias por muitos e bons anos, enquanto as direitas recuam à conta da indigência mental de quem as lidera.
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