1. Enquanto em França os candidatos da direita e da extrema-direita vão-se afundando nas ilegalidades dos seus comprometedores passados, Macron por um lado, e Hamon, por outro, vão escalando nas sondagens e a porem em causa os prognósticos dos que apostavam num confronto á segunda volta entre Fillon e Marine.
A realidade vai-se revelando tão volátil, que não desdenharia a hipótese de tudo se vir a decidir entre um oportunista, que se diz de centro-esquerda (impensável num neoliberal da sua cepa!) e um socialista sem vergonha de o ser.
2. Terão, igualmente, pecado por apressada adivinhação os que davam Merkel garantida como futura chanceler alemã, sem se saber com quem se iria coligar. Na sondagem desta semana, ela caiu três pontos e já só conta com 34% de apoiantes, enquanto Martin Schulz subiu oito e já vai nos 28%.
Dirão os cínicos: pois, mas as sondagens têm sido o que sabemos! O que é verdade para um lado, mas também para o outro do espectro político.
Ganho, assim, a forte esperança de ver a Alemanha virar de rumo e, liderada pelo antigo presidente do parlamento europeu, a aproximar-se dos países do sul da Europa, criando as condições para a resposta determinada, que Trump está a merecer…
3. É que só pode soar a provocação a nomeação da Casa Branca para o cargo de embaixador em Bruxelas.
O provável representante dos Estados Unidos na União Europeia, Ted Malloch vangloriou-se, em entrevista à BBC, de, enquanto diplomata, ter agido eficientemente para que a União Soviética fosse derrubada. “Talvez haja outra União que precisa de ser algo domesticada!”, prometeu.
Compreende-se a agitação dos burocratas, que andam a discutir as estratégias adequadas para que o tratante não se venha aqui radicar com armas e bagagens.
4. Não se sabendo detalhadamente o que foi discutido em Malta durante a cimeira de líderes europeus, Teresa de Sousa comenta que “a Europa está perante si própria sem subterfúgios nem desculpas para adiar o futuro”.
5. Trump vai conhecendo entretanto os seus primeiros dissabores: esta semana deu autorização para que os comandos especiais - os conhecidos Seal - fizessem um ataque no Iémen contra a al Qaeda.
O resultado foi comprometedor e já está prometido um inquérito para aferir o que correu mal: além de um militar agressor, também sucumbiram trinta pessoas, dez das quais eram mulheres e crianças.
Se continuar a disparar assim, Trump vai conhecer ameaçadores ricochetes.
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