A notícia de que 10 mil milhões de euros desapareceram em offshores no período entre 2011 e 2014 tem todos os condimentos para se tornar no novo escândalo mediático nacional e agora a embater fortemente nas direitas, que têm usado e abusado da novela dos sms para porem em causa o governo.
Essa fuga de capitais equivaleu a mais de 1/8 do valor adiantado pela troika em 2011 e, acaso, tivesse permanecido em bancos nacionais funcionaria como importante paliativo para os apertos então conhecidos.
Para já existe á um rosto com direito a pelourinho: Paulo Núncio, a «estrela» do CDS, que tutelava a área fiscal do governo de Passos Coelho e ainda há dias perorava no programa de José Gomes Ferreira sobre os pecados de Centeno. É inaceitável que um responsável político que, voluntariamente ou por mera negligência, prejudica assim o país, ainda mereça tempo de antena no nosso espaço mediático!
A história, porém, não fica por aqui: provavelmente por sentirem que o fartar vilanagem estava prestes a acabar, 2015 foi o ano do record de transferências de dinheiro, quase sempre de empresas portuguesas para outras nos paraísos fiscais: 8885 milhões de euros. Baamas, Hong Kong e Panamá foram os destinos mais procurados, ou seja aqueles onde a cooperação com as instituições internacionais destinadas a conhecer a identidade dos possuidores dessas contas se revela mais obstaculizada.
Que tal uma Comissão Parlamentar de Inquérito a sério para esclarecer quem andou a branquear capitais, a fugir ao fisco e, dentro do governo de Passos Coelho, andou a assobiar para o lado?
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