Marcelo Rebelo de Sousa tem desaprovado os ataques a Mário Centeno. O «Expresso» dá conta de quanto ele consideraria prejudicial ao país a demissão do ministro depois dos sucessos económicos e financeiros do último ano. Aquilo que as direitas vêm exigindo constitui crime de lesa pátria, por propiciarem as desconfianças dos mercados e das instituições internacionais relacionadas com a regulação financeira.
O assassinato ad hominem, que Passos Coelho, Assunção Cristas e Marques Mendes perpetram não tem qualquer perdão. Eles sabem o mal que estão a fazer ao país, potenciar-lhe dificuldades, que seremos todos nós a pagar, e não se coíbem de o fazer, exclusivamente em seu interesse pessoal. É por isso mesmo, que esse comportamento não pode ficar impune!
É caso para perguntar se Marcelo ainda mantem a confiança no seu conselheiro, ou se lhe aceita a duplicidade de o ter nessa função, e ao mesmo tempo vê-lo como instigador do violento ataque das direitas ao ministro merecidamente admirado pelo seu desempenho. Não esqueçamos, que toda a novela em torno de Domingos e Mário Centeno teve origem no comentador do canal de Balsemão.
A diatribe deste fim-de-semana não pode constituir mais um episódio sem consequências da contínua atividade de tal chefe de gangue contra o país. Quem é ele para ajuizar a seriedade de outrem? Não pertence a um dos mais importantes escritórios de advogados, publicamente conotado com aquele papel de «Facilitadores» de negócios, muito detalhadamente esmiuçado por Gustavo Sampaio no seu livro desse nome e em que o víamos como um dos principais lobistas dos interesses dos que só pensam nos lucros independentemente dos prejuízos causados ao país? Não está ele envolvido no caso do antigo ministro do Interior de Passos Coelho, que começa a ser julgado esta semana e no qual se ficou a saber dos seus pedidos sigilosamente a alguns dos réus para ver resolvidos problemas do seu exclusivo interesse?
Marques Mendes não é só um homem sem estatura, como chegou a ser gozado por alguns dos seus adversários dentro do PSD. O seu diminuto tamanho, compensou-o em velhacaria, em jogo de cintura, em flexibilidade para ir contornando os obstáculos e aparecer sempre em cima da onda. O facto de ter sido convidado para preencher tempo de antena cativo na estação Povo Livre/SIC tem muito a ver com o reconhecimento das suas “qualidades” por parte dos que não se conformam com a transformação do país em algo de mais decente e menos desigual. E que sabem o quanto podem contar com ele para destilar o veneno mediático capaz de propiciar a vinda do tal Diabo, que a incompetência do líder do PSD foi incapaz de convocar.
É por isso mesmo que não compreendo o que esperam os partidos da maioria parlamentar para convocarem uma grande manifestação nas principais cidades do país em defesa da Caixa Geral de Depósitos e contra as iniciativas contra ela cometidas à conta destas intrigas estéreis, mas extremamente prejudiciais ao país.
Depois da resposta nas ruas dada contra quem pretendia prejudicar o Ensino Público em detrimento dos interesses de uns quantos colégios privados é altura dos partidos que apoiam o governo darem uma prova inequívoca da sua convergência naquilo que mais interessa aos portugueses: um banco público, financeiramente saudável e ao serviço da economia nacional.
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