sábado, 19 de dezembro de 2020

Elogio à calma imperturbável de Francisco Ramos perante o desconchavo

 

Bem anda o prof. J-m Nobre-Correia a esforçar-se para que o mau jornalismo dê lugar a um outro, que salvaguarde o código deontológico da profissão, que os nossos “telelocutores” não atinam. Porque não sabem, pior ainda porque não querem por mero preconceito ideológico. Esperemos que o afã incansável do autor do blog Notas de Circunstância não esmoreça para que tenhamos a expetativa de ver água mole a furar enfim a dura pedra.

Esta semana muitos engoliram uma pastilha rennie (se é que elas ainda existem!) para procurarem a entrevista feita a Pedro Nuno Santos por José Gomes Ferreira e pelo diretor do Expresso, só para se deleitarem com o baile de todo o tamanho que o pseudo economista da SIC levou. Ontem chegámos aos vinte minutos do telejornal da RTP1  e o pivot sai-se com uma pergunta provocadora, e sobretudo mentirosa na entrevista a Francisco Ramos: será que teremos outro fiasco (!!!) como foi o da gripe em que ninguém (!!!) chegou a ser vacinado?

Com  estilo diferente do de Pedro Nuno Santos para reagir ao intolerável o coordenador nacional do programa de vacinação contra a covid manteve uma impressionante calma, mas não deixou de dizer que isso não fora verdade, pois dois milhões de portugueses tinham sido contemplados pelo total da vacinas adquiridas. Só faltou esclarecer - para quantos ainda ignorem a realidade - que essas vacinas são produzidas por laboratórios farmacêuticos internacionais em quantidades insuficientes para satisfazerem todos os clientes, sobretudo quando a procura se incrementa por circunstâncias especificas como ocorreram este ano.

Não consigo concluir se José Rodrigues dos Santos compreendeu ter sido clamorosamente desmentido com enorme elegância naquele momento, mas também não há que ter ilusões: quem acabou de destruir umas quantas árvores para enunciar, em forma de livro, as suas abomináveis teses  sobre o Holocausto, não terá pejo em prosseguir a formulação das mais desconchavadas fake news em direto enquanto não houver quem tenha o bom senso de lhe dar o conveniente destino: o de se entreter definitivamente à atividade de «escrevinhador», mesmo que para satisfação de leitores com um sentido crítico pouco apurado.

3 comentários:

  1. Também vi em directo e, em consequência, apresentei queixa ao Provedor do Espectador e à ERC. Este gajo tem que aprender a ser jornalista.

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  2. Também assisti em directo e, de imediato, apresentei queixa ao Provedor do Espectador e também na ESC. Este gajo precisa que alguém o ensine a ser jornalista.

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  3. Este animal irracional é um jornaleiro desonesto capturado pela máfia de direita que tomou conta da RTP no tempo do abominável governo de Passos Coelho e Poiares Maduro.

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