segunda-feira, 20 de outubro de 2014

E passos coelho continua a julgar que as coisas continuarão a ser como ele julga que ainda são

Soube-se agora o que passos coelho andou a dizer aos presidentes das distritais do PSD na reunião da semana passada.  Na edição de ontem do «Expresso Diário» Ângela Silva, habitualmente bem informada sobre o que se passa dentro do partido laranja - até por ser-lhe próximo ideologicamente - resume-o em três tópicos principais: a decisão de dar luta ao PS para as eleições legislativas de 2015, a recusa em antecipa-las e o veto a marcelo e a marques mendes para as eleições presidenciais, que logo virão.
Comentando o facto de as legislativas só serem marcadas para daqui a um ano, Miguel Sousa Tavares constatou na SIC que, em vez dos quatro anos previstos na Constituição, o governo PSD/CDS durará mais quatro meses. Mas prevê, sobretudo, que passos coelho incorrerá num erro de cálculo semelhante ao de António José Seguro nas recentes primárias do PS: esperando o desgaste do apoio, que as sondagens agora prenunciam para António Costa, pode ter a surpresa de suceder o contrário. É que o orçamento agora conhecido é tão danoso para a maioria dos portugueses, que os efeitos da sua aplicação só acabarão por desgastar o próprio passos coelho.
Perante essa possibilidade as outras duas decisões anunciadas pecam pela sua improbabilidade: nem passos coelho se baterá de igual para igual com António Costa nem lhe caberá muito provavelmente definir qual será o candidato presidencial a ser apoiado pelo seu partido, já que nele se terá entretanto convertido num passado comprometedor.

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