sexta-feira, 1 de março de 2024

Sondagens, reversões e indecorosa demagogia

 

1. Vão saindo sondagens e o número de indecisos mantém-se muito elevado. A exemplo do que sucedeu nas últimas legislativas, que a todos apanhou de surpresa, serão eles a definir quem vencerá a pugna eleitoral.  E, otimista como sou, espero que as assombrações de sucessivas múmias na campanha da AD, com temas como a segurança dos cidadãos ou a reversão do aborto a funcionarem como demonstração da sua verdadeira natureza, possibilitem uma grande vitória das esquerdas para prosseguirem o que ficou por fazer nos oito anos de governos de António Costa.

2. Embora agora se queira cobrir com pele de cordeiro, Luis Montenegro foi o líder parlamentar, que impôs um processo disciplinar à deputada Paula Teixeira da Cruz por não seguir a sua ordem para dar o seu voto aos indecorosos obstáculos intentados pelo governo de Passos Coelho contra as mulheres decididas a fazerem a interrupção voluntária da sua gravidez. A tal tentativa de que Paulo Núncio tanto se gabou na sessão promovida pelos que tentam fazer a roda da História voltar para trás.

2. Na Visão Rui Tavares Guedes dá honras de editorial à grosseira mentira em que lavrou a intervenção de Passos Coelho no Algarve: “Portugal pode ter hoje muitos defeitos e carências, mas é, indiscutivelmente, um dos países mais seguros do mundo. Tentar criar uma onda de desconfiança para com os imigrantes, em nome da segurança, é um caminho não só perigoso como ruinoso.”

 Se virtude teve esse discurso foi o de tornar menos credível uma eventual candidatura do antigo primeiro-ministro de má memória a Belém.

Sem comentários:

Enviar um comentário