sábado, 2 de março de 2024

Irá a bolha prevalecer ou voltará a frustrar-se?

 

1. A primeira tentativa da bolha comentadeira para desqualificar Pedro Nuno Santos foi apodá-lo de “radical” no mau sentido. Mas, como os debates serviram para diluir essa mentira, passou-se a uma nova estratégia: a de estar a fazer uma campanha “miserável” só porque não se lhe associam escândalos, nem outros passos em falso. Custa-lhes que tudo venha decorrendo com a maior das normalidades: visita por obras feitas ou em curso, arruadas participadas, grandes comícios em salas invariavelmente cheias.

Na noite do dia 10 de março ver-se-á se, mais uma vez, as sondagens e os preconceitos do costume voltam a desmentir  todas as distorcidas opiniões que têm colado a quem, contra ventos e marés, vai fazendo o seu caminho.

2. Na AD parece vingar a estratégia de, digam bem ou digam mal, o importante é que dela falem. E não têm faltado motivos para isso: as mentiras de Passos Coelho sobre a imigração e a insegurança, a intenção de Paulo Núncio em re-referendar o aborto ou o negacionismo climático do cabeça-de-lista por Santarém, denotam uma direita troglodita, apostada em fazer o tempo voltar muitas décadas para trás.

Montenegro surge como o lobo com pele de cordeiro, que só vai enganando quem faz intenção em se deixar enganar.

3. Quem parece perder fôlego é Ventura. Se, a princípio, a novidade foi ao encontro de uns quantos frustrados, que quiseram por ele exprimir a sua raiva, o mais do mesmo, dia após dia, vai comportando um incómodo cheiro a mofo. Na noite do dia 10 de março ver-se-á que a montanha estará perto de parir um rato como sucedeu nos Açores, onde muitos dos que contava seduzir deram o voto a Bolieiro.

Não admira que o Expresso diga haver quem está decidido a mudar de voto, quando já por ele se decidira: provavelmente será a AD a recolher os que se aprestavam a dar apoio a Ventura, mas valendo os que, de entre os indecisos, repetirão a aposta das últimas legislativas, esperando que Pedro Nuno Santos concretize aquilo que António Costa deixou por fazer. E contando que estes serão muitos mais...

4. Pouco inteligente parece ser quem, à esquerda do PS, se entretém a alimentar propósitos autofágicos: os votos a ganhar não devem ser os que já estão comprometidos contra as direitas, mas os que com estas ainda se iludem.

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