sexta-feira, 8 de março de 2024

Só mais um pequeno esforço...

 

1. Nos últimos dias diversas entidades internacionais vêm dando sinais crescentes de como a economia portuguesa está bem e recomenda-se, não admirando que as direitas olhem gulosamente para um legado de que tão mal dizem, mas com que verdadeiramente contam para se aferrarem ao pote com todos os dentes.

Depois das agências de rating foi a inclusão de Portugal num importante índice mundial relevante nos mercados obrigacionistas, que facilitará as condições de endividamento, a dar conta de como o caminho encetado em 2015 ainda tem muito por potencializar.

 2. Apesar de algumas sondagens darem uma vantagem substancial às direitas poucos arriscam a sua coincidência com quanto se passará na noite de domingo. E a da Católica até dá a soma das esquerdas a ultrapassarem a das direitas o que deixa tudo em aberto, quanto mais não seja para a repetição do ato eleitoral daqui a mais alguns meses. E, embora Luis Montenegro tenha a bolha comentadeira a carrega-lo ao colo há gente insuspeita, como o do antigo diretor do «Público», Manuel Carvalho  a caracterizar a AD como “um gato conservador e rançoso que se prepara para mostrar muito mais do que o rabo de fora”.

3. O mesmo comentador também olhou para André Ventura e vê embaciar-se-lhe o espelho em que se via o mais belo príncipe para se amancebar com as restantes direitas: “sem o trunfo da possível proximidade ao poder para acenar, resta-lhe agora fazer-se notar pelo anúncio de fantasmas como o da manipulação eleitoral”.

4. Não deixa de ser elucidativo que os ativistas climáticos tenham querido perturbar o comício da Aula Magna, quando a lógica mandá-los-ia concentrar os protestos no partido, que apresentou em Santarém, um discurso assumidamente negacionista. Mas sabemos bem quanto estes movimentos inorgânicos de protesto gostam de fazer o jogo dos que mais ativamente deveriam combater.

5. Para domingo resta-me acrescentar um desejo, que os indecisos venham confortar: além da vitória (não anunciada) do PS, que a CDU, o Bloco e o Livre aumentem a sua dimensão parlamentar para, em conjunto, darem às direitas, o «prémio» que merecem neste 50º aniversário da Revolução de Abril.

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