1. A conferência de imprensa com Fernando Medina e João Galamba, a anunciarem as alterações decididas para a TAP, confirmou o que se adivinhava: depois de semanas em que o governo foi pusilânime saco de boxe para a campanha mediática de casos e casinhos muito aproveitada pelos partidos da oposição, recuperou a iniciativa para o seu lado e é quem dele tanto mal diz, que tem de inventar argumentos para justificar essa postura. Concluindo-se facilmente que a vantagem, tal qual sucede nas cartas, vai para quem distribui o jogo...
Ademais a comissão de inquérito sobre as circunstâncias em que Passos Coelho ofereceu a empresa a David Neeleman, facilitando-lhe a forma como dela tomou posse, tenderá a ainda mais colocar na defensiva quem insiste em criticar todo o processo da dita renacionalização.
2. Nem o mais fanático dos defensores das posições extremadas de Ursula von der Leyen ou do tonto Stoltenberg conseguirão pôr em causa a síntese com que o professor Boaventura Sousa Santos inicia um texto de opinião, que aposta na defesa da paz como objetivo: “Um ano depois do início da guerra da Ucrânia, o balanço pode resumir-se assim: a destruição da Ucrânia, o empobrecimento e o crescente isolamento internacional da Europa, o enriquecimento excecional das empresas de armamento e de energia fóssil (na sua maioria, norte-americanas)”.
Se Poirot usava as celulazinhas cinzentas para conotar a autoria dos crimes com quem deles mais beneficiaria não é difícil concluir quem continua apostado em atirar contínuas quantidades de óleo para a ateada fogueira, quando aumentam os proponentes de uma solução, que estanque o morticínio, que por aquelas bandas alastra!
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