terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Vinte anos depois da morte de João Amaral

 

Passam hoje vinte anos sobre a morte de João Amaral, dirigente comunista, que Carlos Brito recorda num texto de opinião destinado a perspetivar o quanto teria sido determinante a sua ação se a doença fatal o não tivesse levado, ainda não tinha sessenta anos.

Paulo Raimundo, que parece querer reabertas as janelas encerradas há pouco mais de um ano, já manifestou a vontade de ver regressados ao PCP os renovadores que, sem ele e Luis Sá, nunca conseguiram afirmar-se como parte substantiva da esquerda à esquerda do Partido Socialista.

O atual secretário-geral dos comunistas sabe que a recuperação do espírito da Geringonça - mais do que provável quando Pedro Nuno Santos cumprir o seu desígnio! - obrigará a contar com militantes de uma qualidade substantivamente superior aos que, durante quatro anos, a garantiram. E se os renovadores já estarão demasiado velhos para essas andanças será imperativo o sentido de reformulação do que significa ser marxista no século XXI, que Amaral predizia e apontava como aconselhável.

Enquanto socialista não enjeitaria tê-lo como uma das fontes inspiradoras de uma Geringonça-bis, que muito importa reconstituir, quando a maioria absoluta já não servir de escudo suficientemente forte para o PS prosseguir a missão de mudar o país para melhor, muito embora o grupuscular Bloco dela se dissocie irremediavelmente comprovando-se nele a falta de outras figuras próximas de João Amaral - Miguel Portas e João Semedo - que lhe poderiam conferir uma maturidade, aparentemente inacessível...

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