1. Foi mais um dia em que a agoniada matilha de cães manteve persistente ladrar à inabalável caravana no seu rumo em direção à apontada pelo seu guia (mais PIB, menos défice, menos dívida, menos desemprego).
Não há quem convença a cachorrada que as parole da velha canção de Mina há muito demonstraram a inconsequência de quem nada pode contra quem se queixa. Vão ter mesmo de se habituar!
2. Mas Marcelo não consegue evitar a frágil metáfora de quem, privado de outros meios, sugere a potencial repetição da bravata de há um ano atrás.
Há gente assim que nada aprende com os erros: depois do tiro no pé, que lhe pôs travão aos mais indisfarçáveis desejos, quererá bisá-lo?
3. Viciado em passeatas, o mesmo Marcelo não se inibiu de aproveitar o alibi do enterro de Bento XVI para regressar a Roma. Por muito que, ao invés do sucedido com a imprensa dos países do sul da Europa, a dos países protestantes não se inibisse de enfatizar o legado do emérito papa como o de protetor de pedófilos, apesar das palavras inconsequentes mais recentes (as tais parole da Mina) a pretenderem disfarçar o comprometimento.
Comentava Bárbara Reis que, em Portugal, tende-se a tingir de cor-de-rosa o passado dos que morrem por muito que saibamos todos quem verdadeiramente foram!
4. Infelizmente vamos tomando nota dos muitos fachos, que vão poluindo o ar à nossa volta. Garantem meia-dúzia de deputados no parlamento, mas há quem lhes avente potencial para serem mais, porque os grandes grupos económicos vão financiando-os sem pinga de pudor. E também os ajuda a realidade agora revelada por estudo de opinião, que dá 61% de portugueses a não lerem um único livro durante o ano anterior. Razão para considerar que a política cultural deveria ser prioritária na ação governativa...
5. Notícia no Libé: no oeste da Escócia multiplicam-se os suicídios, as overdoses e outros problemas de saúde traduzidos num alarmante crescimento da mortalidade. Teias que o capitalismo continua a tecer!
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