quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Gente incuravelmente incivilizada

Tenho pelos negacionistas das vacinas uma profunda antipatia, que já vem de muito atrás, quando, em miúdo, me convenceram dos benefícios da injeção no braço para precaver-me de doenças então muito disseminadas. Confiante na ciência, subscrevo-lhe os benefícios por muito que não esqueça as suas facetas perversas, como o são os indecentes lucros das farmacêuticas ou o seu lobbing  em prol da prolongada validade das patentes.

Congratulo-me, pois, com a decisão da Direção Geral da Saúde em relação à proteção das crianças entre os 5 e os 11 anos com um fármaco testado por gente idónea e com conhecimentos científicos inquestionáveis exceto para os perigosos estarolas das teorias da conspiração. É que não serão apenas os 13 mil casos de novas infeções que se evitam, nem os 50 internamentos dos quais 5 nos Cuidados Intensivos. Sabemos bem os efeitos duradouros de uma doença, que deixa graves sequelas muitos dos que a padeceram. Nem tão pouco o facto de terem morrido 5 crianças portuguesas com ela, mesmo havendo quem teime em proclamar que a ela são quase todas incólumes. Que poderão dizer aos pais dessas que já cá não estão?

A vacinação das crianças é mais uma vitória contundente contra gente incivilizada. E, infelizmente, que desse mal não se quer curar!

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