Aprecio o estilo desempoeirado de Matos Fernandes, o ministro do Ambiente, que não se escusa a chamar os bois pelos nomes, quando se trata de lhes desmontar os pífios argumentos com que pretendem pôr em causa as políticas do governo por si tuteladas. Hoje cuidou de trata-los por “cavalheiros” que, dias atrás, tinham lançado um texto no «Público» a elogiarem o que era feito dantes, quando se envolviam as autarquias e as populações locais na cogestão das áreas protegidas. E apodou de “tretas” essa nostalgia do passado, porque não só não tinha evitado a desertificação crescente dessas zonas do país, que perderam 20% da sua população, como tinha-se traduzido na redução significativa dos investimentos públicos que, nos governos liderados pelo PSD, as tinham deixado praticamente à míngua. Ademais, esses “cavalheiros” demonstravam um total desconhecimento do que pretendem os autarcas, que são agentes políticos conscientes de quanto a valorização dos seus territórios poderão infletir a sua perda de competitividade.
Brilhante, pois, todo um texto , que conclui com um último comentário para com tais críticos: “o passado que defendem foi um passado de disparate de que muito poucos têm saudades.”
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