As presidenciais já decorreram há quase um ano, mas algumas dúvidas por essa altura relacionadas com uma candidatura que não apoiei - e por isso me continuo a congratular! -, a de Ana Gomes, vão-se esclarecendo por si mesmas. Por exemplo sobre o que faria no rol das apoiantes à «socialista», que só diz mal do seu partido, a professora de economia da Nova SBE Susana Peralta. É que os seus textos regulares no «Público» apontam invariavelmente para uma empenhada visão de um tipo de capitalismo que, não sendo neoliberal, também dificilmente se enquadra no que vai sendo defendido pelos seus cultores neokeynesianos.
No texto desta semana a referida comentadora vai desconchavar de alto a baixo o plano para a recuperação da TAP gizado pela equipa de Pedro Nuno Santos (ainda sobra a questão de saber para que foi ele apoiar a truculenta candidata presidencial), servindo-se de argumentos de um dos fundadores da Iniciativa Liberal: Carlos Guimarães Pinto.
Compreende-se que, nos sofisticados corredores da universidade de Carcavelos, ela tenha as lentes distorcidas pelo que peroram os seus patrões, mormente os que financiam aquele campus. Afinal não podemos esquecer a altura em que Susana Peralta quis sair do redil e quase viu em perigo os seus estipêndios e demais mordomias da sua condição. Parece que os resultados estão à vista: ao juntar-se à campanha contra a política daquele a quem, por momentos, se terá juntado aquando do apoio a Ana Gomes, ela demonstra a quem a lê, e a quem lhe paga, que as tentações socialistas se quedaram por ali.
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