Vida fácil é o que as direitas e as extremas-direitas não estão a ter por estes dias. Seja entre nós, seja noutras latitudes.
Por cá o Chega vai ter de fazer um Congresso Extraordinário se quiser ver aceites as alterações estatutárias «aprovadas» no anterior. Amadores nas coisas da política, e por isso manifestamente incompetentes, não conseguem passar a prova dos nove das leis da República, que deveriam respeitar.
Repulsivo foi, igualmente, o espetáculo com que o juiz negacionista Rui Fonseca e Castro quis «abrilhantar« a sua audição pelo Conselho, que ajuizará a sua continuidade na condução de processos em Tribunal.. Quer as provocações aos polícias, quer aos próprios inquiridores, tenderão a transformá-lo num mártir de uma certa forma enviesada de considerar a liberdade, que é a daqueles que a querem só para si, mesmo prejudicando todos os demais.
Se há algum facto que possa dar algum consolo a essa franja grupuscular da população portuguesa é a revelação de existirem 4% dos jovens do grupo dos 20 anos, que recusam a vacinação, ou seja mais do que se verifica nos demais grupos etários. Mas isso só confirma a bondade da fórmula estereotipada com que os vemos amiúde: «São jovens, não pensam!”
Porventura é para eles e outros que tais, que Carlos Moedas não enjeitou o recurso à mais tosca das mentiras no debate com Fernando Medina: ao dizer que, em 2019, morreram 26 pessoas nas ciclovias lisboetas, sujeitou-se ao enxovalho de, no dia seguinte, várias fontes o tomarem por mentiroso. Mas será de estranhar perante a trincheira em que se acoita?
Quanto ao que se passa noutras latitudes temos Bolsonaro na corrida para a frente de quem se sabe cada vez mais isolado e provável a prisão ou a morte, quando o forçarem a sair de cena. Por seu lado o regime autoritário de Varsóvia vê-se na iminência da Comissão Europeia lhe fechar a torneira dos imprescindíveis fundos e subsídios.
Há uma expetativa de fim de ciclo a envolver os ultraliberais e os mais ou menos descarados fascistas...
Sem comentários:
Enviar um comentário