Provavelmente olhando para a notícia de capa do «Expresso» neste fim-de-semana - a esperança de Marcelo em escapar à coabitação com António Costa daqui a dois anos! - o arguto Pacheco Pereira constata: “António Costa que é mais esperto do que muito do jornalismo político todo junto, deu-lhes kremlinologia para se entreterem e eles assim fizeram.” E de facto a coreografia do Congresso, sobre quem e onde se sentou, deu ensejo às mais descabeladas teorias reveladoras de como funcionam as cabeças de quem as formulou.
Igualmente, descoroçoado com uma realidade, que fica muito aquém dos seus desejos, o diretor do «Público» conclui o editorial de hoje com a conformada rendição à mesma evidência: “António Costa tem nas mãos o controlo da sua biografia. Os cenários sobre a sua sucessão são apenas entretenimento.” E, de facto, as notícias quotidianas só confirmam um país em que se vão sucedendo as melhores notícias: a lista dos doentes à espera de operação nunca foi tão reduzida nos últimos dois anos e meio com 73% deles dentro do tempo previsto e as vagas nas universidades e politécnicos foram alargadas para contemplarem 56 mil estudantes nesta primeira fase de candidaturas ao ensino superior.
Explica-se assim que António Costa se passeie, majestoso pelo país na campanha de apoio aos futuros autarcas socialistas, enquanto Rui Rio percorre uma espécie de reedição do Caminho das Lágrimas, que se concluirá com o definitivo acantonamento numa reserva sem saída.
Jorge Rocha, completamente de acordo, mas essa comparação com o 'The trail of tears' é de um franco mau-gosto. Muitos índios morreram pelo caminho...
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