Sexagenários, cá em casa ansiamos pela toma da vacina contra o covid. Imensos planos ficaram adiados com esta crise pandémica, o principal dos quais foi a convivência direta com a nossa tribo nos Países Baixos. Filha, genro e netas, só pelo zoom os vemos, não havendo previsão de quando voltaremos a passar dias inteiros a usufruir-lhes o convívio. Por isso mesmo qualquer atraso no processo de vacinação é mais um pauzinho na engrenagem, que desejaríamos melhor oleada e a funcionar a maior velocidade.
Esta pausa na aplicação das vacinas da AstroZeneca é-nos totalmente injustificável para além de constituir prenda escusada aos negacionistas antivacinas. Travar um programa de vacinação apenas porque verificaram-se problemas em 0,0002% daqueles que deram o braço ao manifesto é tanto mais ridículo quanto nenhuma relação causa-efeito foi comprovada relativamente à associação das miraculosas gotas com as tromboses reportadas.
É certo que António Costa veio sossegar os ânimos, manifestando o seu completo à vontade com a vacina em causa até por ter sido ela a ser-lhe aplicada na primeira toma. Mas todos os governos europeus que, em efeito de dominó, se imitaram na invocação de um certo dever de prudência, limitaram-se a dar importância excessiva àquilo que a não tem.
Por estas bandas propusessem-nos a vacina já esta tarde e, sem estados de alma, nos deixaríamos por ela inocular. Cientes de ser essa a forma de se abreviar o tempo de espera até apanharmos o voo para Schiphol!
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