Eu sei que Marcelo espingardou, Rio vociferou, Catarina cacarejou e até Pinto da Costa xéxéxizou. Mas daqui a uma semana alguém se lembra da Liga dos Campeões nas Antas ou do comportamento dos hooligans ingleses, provavelmente até bem mais comedidos do que de costume?
Se alguém poderá recordar este súbito afluxo turístico serão os que beneficiarão com a boa imagem de marketing transmitida por um país, que tem a pandemia relativamente controlada e onde é seguro vir passar férias. Porque, nas reportagens televisivas, não faltaram elogios à beleza da cidade do Porto e à simpatia dos portugueses, valendo por si muitas e dispendiosas campanhas publicitárias além-fronteiras.
Mas que fazer, quando Marcelo & Cª julgam possível repetir com António Costa aquilo que fizeram com Sócrates há década e meia atrás: esse permanente chorrilho de insinuações, notícias deturpadas e outras coisas que tais capazes de operarem na imagem do governo a das dunas permanentemente assoladas por vagas dispostas a fazê-las desaparecer.
O problema com esses detratores é António Costa ser mais racional e contido do que o «animal feroz», que então procurava dar um rumo visionário para o país, levando-o da sua retrógrada condição (não queriam as direitas transformá-lo numa espécie de Bangladesh europeu capaz de cativar investidores estrangeiros à conta da mão-de-obra barata?) para a de economia próspera e desenvolvida. Aquela para onde António Costa aponta o caminho tão-só se vença o constrangimento destes últimos dois anos. E que todas as sondagens demonstram ser objetivo da grande maioria dos portugueses.
As direitas não aprendem que uma receita bem sucedida com o governo que demoliram até ao PEC4 dificilmente se repetirá outra vez!
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