segunda-feira, 24 de maio de 2021

Eles prometeram travar um eventual governo das direitas!

 

Terei ficado satisfeito com o discurso final de Catarina Martins na Convenção do Bloco de Esquerda e em que volta a fazer profissão de fé na convergência das esquerdas? Posso dizer que fiquei no nim: nem agradavelmente impressionado, nem propriamente insatisfeito.

Constato, porém, que a lista vencedora teve menos percentagem de votos que no encontro anterior, indiciando um aumento de implantação dos mais radicais, aqueles que preferem deitar tudo a perder em proveito de uma agenda intransigente capaz de lhes satisfazer os umbigos, mas prenunciadora de derrotas dolorosas para a maioria da população, Quem andou por essas extremas - e eu também por lá andei nos verdes anos! -, sabe bem quão pródigas são em gente do tipo quanto pior melhor!

Ridícula igualmente a insistência de Louçã ao prever maravilhas quando «Mariana Mortágua for Ministra das Finanças». O facto dela ser uma parlamentar competente e, sobretudo diligente nas Comissões Parlamentares, não lhe confirmam competências para sentar-se na cadeira de Centeno ou de João Leão. Sobretudo, porque lhe falta a maturidade para ter o sentido das realidades e compreender quanto importa caminhar para os objetivos com passos porventura mais curtos do que se desejariam, mas que evitam indesejáveis recuos.

No balanço fica a expetativa de ver o Bloco coibir-se de repetir o erro clamoroso de 2011, que nunca esqueceremos: se Passos Coelho assumiu as funções do governo que queria ir além da troika a Louçã o devemos. E isso é mácula de que não se livra o atual conselheiro de Estado.

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