terça-feira, 18 de maio de 2021

Aí vem o sol

 

A pedido do amigo Christian Lehmann, escritor e médico radicado em Nova Iorque, outro colega de ofício, o hispano-americano Oscar Rios, tem escrito crónicas regulares para o «Libération» sobre o que é viver sob a pandemia do covid, primeiro sob a alçada de Donald Trump, depois sob a concretização planeada da vacinação intensiva, estruturada e competente da Administração Biden.  Por isso, ora manifestou momentos de séria apreensão perante os perigos inerentes a uma crise, que era ostensivamente ignorada pelo poder político fundamentado em credos negacionistas, ora ganhava esperança num futuro mais risonho.

Na crónica de ontem ele escrevia sobre o que se passou na sua família: “Todos tivemos as nossas doses, a maior parte da Pfizer, só um da Moderna. Nenhum de entre nós adoeceu ou teve qualquer reação negativa salvo alguma fadiga e dificuldades de concentração no dia seguinte ao da segunda toma.

Que posso dizer-vos sobre a vacinação? Posso dizer-vos que na fila, enquanto esperava no carro pela minha vez passou na rádio o «Here comes the sun» dos Beatles e eu não consegui reprimir as lágrimas. Posso acrescentar que a mulher atrás de mim também começou a chorar por ser a primeira vez que saíra de casa desde há sete meses”

Convenhamos que o tema dos Beatles ajusta-se na perfeição ao momento. Porque, contra a perversa estupidez dos negacionistas é o radioso sol que sobe imponente no horizonte do nosso futuro... 

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