Sem surpresa Putin deu a ordem para o exército russo avançar fronteiras ucranianas adentro. Sem justificação, segundo o ocidente? Claro! Mas, à exceção da França, nenhum país deste lado do continente verberou George W. Bush quando mandou atacar o Iraque em busca das armas de destruição maciça que Saddam Hussein não tinha. Há vinte anos, como hoje, os impérios decadentes cuidam das próprias narrativas para justificarem os ataques de agressão contra outras nações. A diferença reside em ter sido o então ocupante da Casa Branca uma personalidade de passagem, enquanto Putin veio para ficar. E sabendo que, se a Rússia, com maior ou menor dificuldade, pode viver razoavelmente bem sem a Europa e com os preços do petróleo e do gás natural a aumentarem, o mesmo não se passa com a União Europeia, que se arrisca a pagar com juros a afronta feita a Moscovo ao acolher no seu seio, e no da NATO, os antigos países do Pacto de Varsóvia. A começar pelos alemães, que tão dependentes estão do fornecimento energético russo e desse mesmo mercado para escoarem os seus automóveis.
Putin é execrável, mas em estratégia ninguém o bate por agora!
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