É um dilema, que se justifica colocar: entre o cumprimento escrupuloso da lei e um acordo de cavalheiros, que a tenderia a contornar dando maior abrangência à participação dos emigrantes no ato eleitoral, qual a opção mais sensata? Sobretudo se a alternativa - a de só contar os votos acompanhados de fotocópia do cartão de cidadão, esbarra com a ilegalidade dessa prática em muitos dos países onde esses mesmos eleitores estão radicados?
Manda a verdade reconhecer que o país não deveria ficar adiado por causa dos pruridos legalistas dos partidos, que fizeram queixa ao Tribunal Constitucional e tinham, unanimemente, acordado a tal posição inicial. E, tendo em conta que nada de substantivo se alterará no resultado final, que lucro retira Rui Rio e os demais queixinhas da atitude, que tomaram? Pensaram por um momento nos benefícios para o país numa altura em que as dificuldades crescem dia-a-dia com o aumento do preço do petróleo, a inflação e os riscos de guerra no leste do continente?
Como de costume, o PSD e quem o acolitou numa jogada tão politiqueira, só pensaram nos ganhos imediatos sem equacionarem o quanto os portugueses ficam prejudicados com a entrada em funções tardia do novo governo...
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