sábado, 10 de junho de 2023

Juros e emissões de certificados de aforro

 


Depressa se esgotou a novela sobre o suposto enfeudamento do governo aos interesses bancários a pretexto da nova emissão de certificados de aforro. O estranho foi ver os bloquistas, liderados por reputada economista, a alinharem nos propósitos populistas das direitas, porque a quem escapará que, endividando-se o Estado para satisfazer as suas despesas orçamentais, poderá pagar esse instrumento de poupança a juros muito mais altos do que aqueles a que se vê obrigado junto dos seus credores?

A operação em causa teve tanto de racional, como de desinteressante para os bancos, exceto o dos CTT, que nem sequer querem ter nada a ver com ela.  O que está em causa nesta altura continua a ser a forma obscena como o cartel bancário continua a remunerar os depósitos a prazo com juros muito baixos enquanto engorda à custa dos altos juros nos créditos aos seus clientes. 

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