segunda-feira, 5 de junho de 2023

Para acabar com a ideia de um inexistente abraço

 

A sucessão na liderança do Bloco de Esquerda justificou muitos comentários televisivos, a maior parte pouco abonatórios quanto à capacidade da nova liderança em reverter o tombo ocorrido nas eleições legislativas de janeiro de 2022.

Independentemente do que venha a suceder - “prognósticos só no fim do jogo” como diria o outro! - houve quem aproveitasse para desmistificar a ideia da perda de quase três quartos da bancada parlamentar como efeito do “abraço de urso” feito pelos socialistas durante os anos de Geringonça. Ora, é um facto que o Bloco conquistou 19 deputados em 2015 como resultado da sua estratégia mediática contra o (des)governo de Passos Coelho, e manteve-os em 2019, depois de quatro anos de sintonia - mesmo que amiúde cacafónica! - com o de António Costa.

Em vez do tal sufoco por envolver-se numa aliança contranatura, terá sido pela sua rutura, traduzida na rejeição do Orçamento de Estado, que o Bloco se viu penalizado. Mas trata-se de uma interpretação factual, que Mariana Mortágua, apesar do seu tão elogiado brilhantismo intelectual, não parece capaz de fazer...

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