terça-feira, 16 de agosto de 2022

Um zombie careca e uma tempestade a crescer de dimensão

 

1. A festa da rentrée  do PSD já cumpriu o calendário e depois? Ah, apareceu por lá um zombie careca, que concitou maior atenção na imprensa do que o novo líder. O que diz bem do entusiasmo por este último cujo discurso nada trouxe de novo: pior, porque limitou-se a reivindicar a total identificação com o governo, que maior dano causou à carteira dos portugueses neste século e o não esquecem, particularmente os pensionistas a quem agora quis prometer mundos e fundos naquilo que facilmente lembrou gato a querer passar por lebre. Lunático, promete ser governo daqui a quatro anos, ou seja, daqui a uma imensidão de tempo, porque até lá tanta água correrá por baixo das pontes, mesmo que a seca esteja para durar por conta das malfadadas alterações climáticas - tema maior dos dias de hoje - e sobre as quais nada se ouviu.

Até 2026  muito acontecerá e, sobretudo, espera-se que o governo faça bem o seu trabalho sem alguns dos tiros nos pés, que se têm verificado nas semanas mais recentes e  difíceis de justificar pelos socialistas mais convictos, particularmente quando têm a ver com a incapacidade para contrariar a sabotagem do SNS empreendida pelos grupos privados do setor.

2. Não é frequente a minha concordância com as opiniões de Viriato Soromenho Marques mas, do seu texto de há três dias no «Diário de Notícias», merecem ser retiradas duas citações pertinentes. A primeira versa as consecutivas provocações norte-americanas à China através de políticos democratas, que vêm-se sucedendo em visitas a Taiwan: “é frequente nos EUA, administrações em perda de apoio eleitoral atiçarem conflitos externos para inverter as sondagens, mas arriscar uma guerra com a China para não perder a maioria na Câmara dos Representantes ultrapassa todos os limites da imprudência.”

A segunda refere-se à guerra no leste europeu: “esta guerra trava-se ainda na Ucrânia, mas desde que o envolvimento da OTAN subiu para os níveis colossais atuais, passou a envolver quase diretamente as maiores potências militares do planeta.

Como sair daqui? Ou as armas se calarão com tréguas, onde todos perdem alguma coisa, mantendo, todavia, a face para uma solução negociada mais duradoura. Ou se continua a arriscar, degrau a degrau, mergulhar numa tempestade de destruição que - depois de arrasar a Ucrânia - terá o planeta como limite.”

E não vale a pena acrescentar mais nada! 

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