Estes dias de silêncio, explicados pela viagem e os primeiros dias de umas férias em Haia, não me permitiram manter um fluxo de comentários à evolução política, que a todos condiciona, embora me fique a sensação de nada de importante ter sido deixado de abordar. A guerra na Ucrânia continua entre alvíssimos anjos de um lado e tenebrosos demónios do outro, a estes associando-se quem quer olhar toda a tragédia sem os costumados filtros da nossa “impoluta” informação. E Marcelo continua igual a si mesmo ao teimar nas condecorações a quem considera ter tido papel relevante na Revolução do 25 de abril. Nessa lógica pouco faltará para também incensar o padrinho e o venerável almirante já que, sem eles para derrubar, nunca os capitães se teriam alevantado.
Pelo meio ficam vitórias fascistas em eleições na Hungria e na Sérvia, faltando a de Marine Le Pen em França para que a Europa fique atarantada num assustador caos. Esperemos que, apesar de detestável, Macron nos poupe ao mal maior, que seria a vitória de uma loba agora disfarçada de ovelha.
A le pen é um verme execrável, mas o macron não é melhor. Numa segunda volta entre ambos votaria nulo. Jamais contribuiria para a eleição de um canalha como esse indivíduo. Lamento que muitos socialistas franceses optem por votar nele em vez de votar em Mélenchon. Por cá também tivemos socialistas dessa laia que votaram no marcelo em vez de votar num dos 2 candidatos de esquerda, João Ferreira e Marisa Matias. Mas convenhamos que a vitória da le pen muito provavelmente ditaria o fim da maldita união europeia. Não sei é se essa vantagem seria superior às desvantagens que a sua eleição traria.
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