Escandalosa a tentativa de denegrir o ISCTE por, na insidiosa afirmação de João Miguel Tavares, ser um feudo socialista no mundo universitário. Eu, que ali me diplomei em dois cursos, constatei in loco, não ser nada assim. Pelo contrário até por lá anda um conhecido professor, que se diz especialista no estudo da extrema-direita, e não consegue escamotear a ligação ao Chega…
Mas que fosse? Alguma vez se viu um comentador de direita a indignar-se com o fanatismo neoliberal, que grassa nas outras faculdades de economia de Lisboa e do Porto? Algum deles se indignou com a ideologia imposta nas aulas da Faculdade de Direito de Lisboa, só agora vinda verdadeiramente a luz, quando os casos de assédio moral e sexual começam a ser denunciados por estudantes apostados em romperem com a ditadura do silêncio que, há anos, lhes vem a ser imposta?
Com a campanha contra a nomeação de João Leão para vice-reitor do ISCTE e as funções, que ali lhe incumbirão, fica melhor definido o tipo de persistente esforço de demolição, que as direitas intentarão, não só através dos seus partidos, mas sobretudo a partir da imprensa, que lhes serve de suporte.
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