domingo, 16 de junho de 2013

POLÍTICA: Os números do Eurostat

Não é que o não saibamos pelo que vamos vendo, ouvindo e lendo: o desemprego está a assumir quotidianamente uma dimensão cada vez mais imparável no nosso país. Mas os números agora conhecidos e da responsabilidade do Eurostat confirmam-no com outro rigor quantitativo: 21,1% do emprego existente em Portugal é de quem trabalha precariamente a recibos verdes. E, em relação ao primeiro trimestre do ano, comparativamente com o de 2012,o número de pessoas empregadas recuou 5,2%
A gravidade da crise levou Helena Garrido, subdiretora do «Negócios», habitualmente tão complacente com o governo a reconhecer o fundamento do que agora concluiu o FMI na sequência da sétima avaliação ao memorando: a própria troika ou pelo menos o FMI deixou de acreditar no sucesso dos programas de ajustamento. Só isso pode justificar estas acusações mútuas de “não fui eu, foste tu” e um relatório em que o FMI desenvolve como nunca os cenários, bastante plausíveis, do que pode correr mal.
Faz, por isso todo o sentido o reparo de Nuno Artur Silva no «Eixo do Mal», da SIC Notícias, em como - depois de termos sido acusados de um tipo de vida acima das nossas capacidades! - nos arriscamos à culpa de “termos acreditado acima das nossas possibilidades!” Porque, tal qual durão barroso anunciou esta semana, a culpa destes fracassos não é da troika … mas dos Estados-membros!


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