De entre os muitos textos, que têm sido dedicados à presente crise financeira, houve um deles, publicado há algumas semanas na «Visão» por José Carlos Vasconcelos, que mantém uma pertinente actualidade. Nele se diz existirem como que ocultos mecanismos a comandarem ou forçarem uma espécie de caminhada cega para o precipício. A dramática imagem que me ocorre é a de um dependente da droga, em estado grave, que quer libertar-se mas não consegue porque os que lhe vendem o «produto» não o permitem, antes se aproveitam da sua desgraça para fazer crescer as vendas e subir os preços, aumentam ainda mais os lucros - seu único objectivo, sem olhar a meios. Claro que dependentes são os países obrigados a recorrer ao crédito, pelo qual pagam juros cada vez mais altos, para pagar dívidas cada vez maiores ; e os que lhe vendem o «produto» (no caso o dinheiro) são os famosos mercados.
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