sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Poluir em nome do planeta verde

 

Uma reportagem dá conta da oposição de muitos gronelandeses aos projetos de exploração mineira facilitados pelas mudanças climáticas, que os embaratecem e facilitam tecnicamente no seu território. O governo, de inspiração ecológica, procura travá-los em nome de um futuro verde assente na agricultura e no turismo, mas os interesses das multinacionais envolvidas pesam fortemente em sítios onde o desemprego é uma realidade e a promessa de solução a curto prazo parece promissora para muitos dos que sonham com um melhor futuro para si e os seus.

Ademais, os lobistas das multinacionais não hesitam em esconder a exploração poluidora do urânio atrás das que envolvem terras raras - vendidas como resposta para possibilitar menores emissões de CO2 nos transportes - e no sempre mitificado ouro.

Olhada de fora não há como dar toda a razão aos que pugnam por uma Gronelândia poupada à ganância das empresas mineiras. Mas, contrapostas as opiniões, que venho alimentando a propósito dos projetos nacionais assentes no lítio ou no hidrogénio verde, vou relativizando  juízos mais definitivos. 

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