quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Bons juízes que por si se julgam

 

No Reino Unido, entre 2007 e 2023, mais de 160 antigos ministros aceitaram empregos em empresas privadas ligadas aos setores em que tinham tido responsabilidade política. Olhando para os que integraram governos entre nós com quantos sucedeu o mesmo? Paulo Portas, Durão Barroso, Luis Amado ou Teixeira dos Santos são exemplos conhecidos de uma imensa lista, que fundamenta a realidade das portas giratórias entre as funções públicas e as desempenhadas em empresas privadas.

Essa corrupção é bem mais notória e prejudicial, que a procurada pela coscuvilheira atividade do ministério público embora seja esta - quantas vezes não provada! - a encher as primeiras páginas dos tabloides e a alimentar as demagogias populistas. Ou a dar argumentos para que gente da estirpe de um Paulo Morais e outros apaniguados da suposta Transparência se achem com alguma importância social.

Muitas vezes são os que enchem a boca com frases bombásticas sobre a corrupção que, intimamente, mais corruptos são. Porque lá diz o ditado que bons juízes são os que por si mesmos se julgam. 

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